pracinha
oscar freire
FICHA TÉCNICA
Local: Rua Oscar Freire, São Paulo
Status: Construído
Área de Projeto: 300 m²
Equipe: Guilherme Ortenblad, Kathleen Chiang, Mariane Christovam, Ana Carolina de Lima, Florent Vidaling, Alex Ninomia
Parceiros/ Realizadores: Zoom, Reud e Instituto Mobilidade Verde
Paisagismo: SAPU
ESTRATÉGIA DE OCUPAÇÃO
A ideia da Pracinha Oscar Freire era criar uma praça temporária, para ativar o espaço enquanto ele não dá lugar a um empreendimento futuro. Desenvolvida pelo Zoom, em parceria com o Instituto Mobilidade Verde e iniciativa da Reud, a principal sacada da Pracinha Oscar Freire foi pensar a estratégia de ocupação entendendo a temporalidade do projeto e a particularidade de cada fase. O que antes era um estacionamento, um espaço ocioso, se transformou no que foi chamado na época de "o primeiro pocket park de São Paulo".
A estratégia de ocupação da Pracinha Oscar Freire leva em conta a temporalidade do projeto e a particularidade de cada fase
Mesmo estando localizada num terreno privado, a Pracinha Oscar Freire se tornou um espaço público muito utilizado, recebendo diversas ativações como shows, food trucks, aulas de ginástica ao ar livre, entre outros. Inicialmente, o espaço abrigava um bicicletário, para incentivo do uso do modal na cidade e uma parede lousa fazendo com que o usuário seja um participante da praça, complementada por uma parede verde, que trazia vida e acolhimento ao local. A pintura no piso sugere uma faixa de pedestre, sugerindo aos veículos - que ainda acessavam o estacionamento nos fundos - o cuidado ao compartilhar o local com os pedestres.
A pintura do piso sugere uma faixa de pedestre, deixando claro para os veículos que no espaço compartilhado a prioridade é de quem caminha
EVOLUÇÃO E TEMPORALIDADE
Sucesso desde a inauguração, a pracinha começou abrangendo só o que era um acesso de carros, para depois ser ampliada e ocupar todo estacionamento, no fundo do terreno. Novos usos surgiram, dando mais espaço para mais mobiliários, lojas, feiras e ativações. Isso mostrou que a demanda por espaços de estar na cidade existe. Ao criar e ativar esses lugares, as pessoas usam, convivem e a dinâmica do lugar se torna mais viva - assim, consequentemente, se tornam espaços mais valorizados por todos. Aos poucos, o vazio urbano que era só para carros ficarem parados, virou ponto de encontro para pessoas e foi ganhando significado na rotina de quem circula por ali até virar uma referência.
Um edifício novo tem impacto em seu entorno e na cidade. Esse ambiente tem hoje uma história e um significado na rotina para quem frequenta a região. O Zoom propõe uma nova forma de fazer cidade, uma lógica diferente de empreender, com edifícios que dialogam com o entorno e o contexto urbano. Inserir-se na dinâmica do local de forma amistosa pode ser positivo para um empreendimento futuro, o que diminui a possibilidade de rejeição no bairro e valoriza a área.
O Zoom propõe uma lógica diferente de empreender, com edifícios que dialogam com o entorno e o contexto urbano